Francisco Matarazzo

09/03/1854 – 10/12/1937

• Empresário italiano, radicado no Brasil, que criou o maior complexo industrial da América Latina no início do século XX.
• Teve papel fundamental no abastecimento de produtos para a Itália e a França, durante a Primeira Guerra Mundial. Em reconhecimento, recebeu do rei da Itália, Vittorio Emmanuelle III, o título hereditário de "conde".
• Com apoio de empresários, criou e foi o primeiro presidente do Centro da Indústria em São Paulo, se tornando o primeiro presidente.
• Também assumiu a presidência da Federação da Indústria do Estado de São Paulo.
  
  

Ramo de atuação: Indústria Têxtil.

Nasceu em Castellabate, na Itália, no dia 9 de março de 1854.

Com poucos estudos e o mais velho de nove irmãos, então com 19 anos, Francesco ou Francisco, como passou a ser chamado no Brasil, teve que assumir os negócios agropecuários da família, após a morte do pai.

Em 1881, veio para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Comprou uma grande carga de banha de porco e despachou para o País. Pouco depois, seguiu para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde atuou como comerciante.

Em 1890, foi para São Paulo e começou a construção de seu império. Na rua 25 de Março, com os irmãos Guiseppe e Luigi, abriu a Matarazzo & Irmãos, onde distribuía diversos produtos. Criou mais uma fábrica de banha, agora, em Porto Alegre. Em 1891, dissolveu a Matarazzo & Irmãos e criou, em sociedade com o irmão Andrea, a Companhia Matarazzo S.A., com 41 acionistas, muitos deles italianos. A principal atividade era a importação de farinha de trigo e algodão dos Estados Unidos, que sete anos depois foi interrompida por conta de guerra e passou a ser produzida no Brasil.

Criou o Moinho Matarazzo, que na época se tornou a maior unidade industrial de São Paulo, e surgiu após a compra de um moinho de última geração, vindo da Inglaterra.

Expandindo seus negócios, construiu uma metalúrgica para a fabricação de latas para embalagem e uma tecelagem de algodão para a fabricação de sacos para armazenar os seus produtos. Em 1911, fundou a Indústrias Reunidas Francesco Matarazzo, que em pouco tempo, tinha mais de 200 fábricas espalhadas pelo país, com ramificação em Buenos Aires, Nova Iorque, Londres e Roma.

Teve papel fundamental no abastecimento de produtos para a Itália e a França, durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914. Como reconhecimento, recebeu do rei da Itália, Vittorio Emmanuelle III, o título hereditário de "conde".

Em 1928, Francisco Matarazzo juntou-se a outros empresários e criou o “Centro da Indústria do Estado de São Paulo”, se tornando o primeiro presidente. Em 1931, foi criada a "Federação da Indústria do Estado de São Paulo", também assumindo a presidência.

Além do seu império industrial, Mattarazzo também foi proprietário de imóveis representativos para a cidade de São Paulo, como o Edifício Matarazzo, onde foi sede de suas indústrias, entre 1930 e 1972, e, hoje, sedia a Prefeitura da Cidade de São Paulo, conhecido também como Palácio do Anhangabaú. E a Mansão Matarazzo, na Avenida Paulista, onde viveu entre 1920 e 1937, e foi demolida em 1996, cercada de grande polêmica.