SENAI-SP promove Workshop de Grafeno e reforça seu papel na inovação industrial

Especialistas e indústrias exploram avanços e aplicações do grafeno 

O SENAI-SP realizou, no Distrito Tecnológico de São Bernardo do Campo, o 1º Workshop de Grafeno, reunindo mais de 70 participantes e representantes de 23 indústrias. O evento teve como foco explorar as inovações e aplicações do grafeno, promovendo a troca de conhecimento entre especialistas e fomentando projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no setor. 

Um dos destaques foi a presença de Aravind Vijayaraghavan, professor na Universidade de Manchester e diretor do Departamento de Materiais do National Graphene Institute (NGI). O especialista conduziu um treinamento exclusivo de dois dias para a equipe do SENAI-SP, trazendo insights sobre o futuro do grafeno e suas possibilidades no mercado global. 

Segundo Aravind Vijayaraghavan, o grafeno possui potencial para diversas indústrias. “Dependendo da tecnologia, há muitos benefícios. Ele pode tornar polímeros mais resistentes, oferecer condutividade elétrica e térmica e ser aplicado em revestimentos anticorrosivos, sensores e dispositivos eletrônicos e médicos. Ainda estamos na transição do grafeno em laboratório para aplicações reais, mas em poucos anos veremos impactos significativos na indústria”, afirmou o professor.

Thoroh de Souza, Assessor Técnico do SENAI-SP, destacou o papel da instituição na conexão entre ciência e mercado, ajudando a transformar o conhecimento científico em inovação aplicada. “O SENAI tem uma atuação estratégica no desenvolvimento industrial de São Paulo e tem sido um privilégio contribuir para o fortalecimento da conexão com grandes centros de excelência, como o da Universidade de Manchester. Nosso objetivo é capacitar a indústria paulista para usar o grafeno e suas propriedades, trazendo novas soluções e gerando valor para a economia do estado”, afirmou. 

O grafeno é um material extremamente fino e resistente, formado por uma única camada de carbono. Como explica Thoroh, ele vem do grafite, o mesmo material usado na ponta do lápis, e quando isolado apresenta propriedades únicas, como leveza, alta resistência e condutividade elétrica e térmica. Essas características possibilitam seu uso em diversas indústrias, desde compósitos e plásticos mais leves e duráveis até baterias mais eficientes. 

Para Gustavo Spina, coordenador de Tecnologia do SENAI-SP, o grafeno já demonstra impactos positivos. “Ele pode reduzir o consumo de matéria-prima e aumentar a competitividade, especialmente em setores como o automotivo, onde a redução de peso contribui diretamente para a diminuição da emissão de Gases de Efeito Estufa. Tivemos um case com a Gerdau Graphene, em que reduzimos em 25% a espessura da embalagem de pregos, gerando uma economia de 72 toneladas de matéria-prima”, destacou.

O evento também contou com um momento de matchmaking, dedicado à conexão entre empresas e pesquisadores para discutir ideias e identificar oportunidades para novos projetos de PD&I com grafeno. Alexandre Caldeira, diretor comercial da Nanoon Nanotecnologia, ressaltou a importância do workshop. “Foi uma iniciativa brilhante do SENAI-SP para conectar stakeholders dessa cadeia de valor. Empresas, universidades e fornecedores puderam trocar conhecimento e encontrar oportunidades reais de aplicação do grafeno”, afirmou. 

Carolina Ramos Meneses, analista de Desenvolvimento de Negócios da MCassab, reforçou a relevância do encontro. “Nosso foco é levar inovações aos clientes. O grafeno já se mostra eficiente em proteção anticorrosiva e materiais compósitos, e essa troca de informação nos ajuda a conhecer mais aplicações no mercado para apresentá-las aos nossos clientes”, explicou. 

Empresas interessadas em conhecer mais sobre as soluções de PD&I do SENAI-SP podem acessar o site do SENAI-SP ou entrar em contato pelo e-mail distrito@sp.senai.br.