SENAI-SP celebra dez anos do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência com exemplos de profissionais da área de biotecnologia
11/02/2025 - atualizado às 13:15 em 12/02/2025
Elas ressaltam a importância da representatividade feminina para o desenvolvimento científico e sustentável
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, 11 de fevereiro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) há uma década, com o intuito é promover a igualdade de gênero no campo científico e tecnológico, áreas historicamente ocupadas por homens.
O SENAI-SP reuniu exemplos de duas mulheres que dedicam sua carreira em prol da saúde e do meio ambiente.
Técnica em Química e assistente de Laboratório do SENAI-SP, Denise Gomes Novais realiza análises químicas em água e efluentes, e faz testes para classificação e caracterização de resíduos sólidos. Os ensaios são essenciais para monitoramento ambiental e controle de qualidade do recurso hídrico, garantindo que as amostras atendam às normas e regulamentações vigentes.
“A representatividade feminina não só encoraja mais meninas a seguirem carreiras na área de tecnologia, mas também contribui para uma ciência mais diversa, inovadora e abrangente. Diferentes perspectivas resultam em pesquisas mais ricas e soluções mais completas para os desafios da sociedade”, incentiva Denise.
Mulheres na ciência
De acordo com o último relatório (2022), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente, as mulheres são 54% dos estudantes de doutorado no Brasil, um aumento de 10% nas últimas duas décadas. Nas ciências da vida (humanidades) e da saúde (biológicas), as mulheres são a maioria do universo de pesquisadores (mais de 60%), enquanto nas ciências da computação e matemática elas representam menos de 25%.
“A representatividade feminina na ciência é crucial para que possamos enfrentar os desafios globais de forma mais justa e eficaz. Quando uma menina vê outra mulher brilhando na ciência, ela vê possibilidades para si mesma. A nossa contribuição (das mulheres) é indiscutível e, com o tempo, temos nos tornado cada vez mais protagonistas nesse cenário. A presença feminina na ciência não é apenas uma questão de justiça ou igualdade de gênero, mas também de progresso”, destaca Erica Janaina Rodrigues de Almeida, doutora em Microbiologia e Coordenadora de Inovação e Tecnologia do Instituto SENAI de Inovação em Biotecnologia.
Erica trabalha na área de bioenergia, especialmente na produção de etanol e no setor sucroenergético. De acordo com ela, a otimização de processos fermentativos, a utilização de resíduos agrícolas com foco na geração de matéria-prima e o desenvolvimento de novas tecnologias para aumentar a eficiência da produção de etanol são desafios constantes. “Esses desafios nos motivam a continuar buscando soluções inovadoras que possam não apenas melhorar a produção, mas também contribuir para um futuro mais sustentável e eficiente no setor”, comenta.
Qualificação profissional
Para buscar qualificação profissional e novas perspectivas de atuação na área de Ciências, o SENAI-SP oferece oportunidades de educação profissional como, por exemplo, cursos livres presenciais nas áreas de Gestão e Liderança, curso online em Ciência de Dados, pós-graduação em Biotecnologia (links abaixo) e também em um dos campos citados pelas mulheres cientistas citadas nessa reportagem: nanotecnologia e nanociência.
Saiba mais em:
Primeira Liderança
Estilos de Gestão e Liderança
Fundamentos de Ciência de Dados - Google Cloud
Desvendando a Nanociência e a Nanotecnologia
Pós-Graduação em Biotecnologia
Sugestão de leitura
Autora do livro “101 mulheres incríveis que transformaram a ciência”, a norte-americana Rachel Ignotofsky, que também ilustradora, é conhecida principalmente por seu trabalho na criação de livros educativos e ilustrados que celebram figuras femininas históricas e científicas. Ela reflete sobre o papel feminino na ciência: “Hoje, as mulheres têm mais oportunidades do que nunca para fazer a diferença no mundo. Precisamos de jovens brilhantes para fazerem a diferença nos laboratórios do mundo e para pensar criativamente sobre como fazer desse planeta um lugar melhor e mais seguro”.