Senai-SP assina acordo de cooperação para pesquisas nas áreas de reciclagem e aproveitamento de resíduos
25/07/2016 - atualizado às 16:25 em 06/04/2022
Isabela Barros, Agência Indusnet Fiesp
Além do trabalho desenvolvido com a formação de mão de obra para a indústria em suas escolas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) ainda realiza projetos de cooperação tecnológica com indústrias dos mais variados setores do estado. Nesse sentido, foi firmado um acordo, na tarde desta segunda-feira (25/07), na sede da instituição, em São Paulo, para o desenvolvimento de pesquisas com duas empresas. As iniciativas envolvem a produção de fertilizantes à base de resíduos e o uso de fibras de pneu na produção de concreto.
“Estamos perdendo a timidez em aceitar as demandas das empresas e transformá-las em demandas de ensino”, disse o diretor regional do Senai-SP, Walter Vicioni. “Nossas portas estão abertas, o Senai-SP quer ser parceiro no desenvolvimento dessas tecnologias”.
Depois de reforçar o compromisso da instituição com “o sucesso das duas empresas”, Vicioni destacou o programa de implantação de institutos de inovação no estado. “O Senai-SP já nasceu com a ideia de formação continuada e com o conceito de apoio tecnológico à indústria”.
Foto: Helcio Nagamine/Fiesp |
A reunião de assinatura dos acordos de cooperação para pesquisa: trabalhos começam em setembro |
Para o gerente de Inovação e Tecnologia do Senai-SP, Osvaldo Maia, a cada acordo de cooperação sobe a “qualidade dos projetos”. “São propostas que trazem valor agregado, com repercussão para a economia e para a tecnologia de São Paulo e do Brasil”, afirmou.
Tudo se transforma
Uma das parceiras do Senai-SP é a Bug Agentes Biológicos, de Piracicaba, São Paulo. Com o projeto de produção de fertilizantes à base de resíduos variados, a empresa quer ajudar a dar uma destinação correta a tudo aquilo que não serve mais.
“Tudo é aproveitado”, explicou o gerente de Novos Negócios da Bug Agentes Biológicos Paulo Bogorni. “Processamos restos e resíduos de carnes, vegetais, fezes”, disse. “Não havendo a presença de metais, nós podemos processar”.
Segundo ele, materiais orgânicos assim podem ser transformados em fertilizantes para uso agrícola em seis dias.
A Escola Senai “Horácio Augusto da Silveira”, na Barra Funda, em São Paulo, especializada em alimentos, é a unidade da rede que será a parceira da Bug na iniciativa. “O sucesso é inevitável quando se está em boa companhia”, disse Bogorni.
Aço no concreto
A outra empresa a assinar o termo de cooperação com o Senai-SP nesta segunda-feira (25/07) foi a CBL Comércio e Reciclagem de Borrachas LTDA, de São Bernardo do Campo.
No caso da CBL, o projeto de pesquisa envolve o uso do aço retirado dos pneus no concreto usado para a produção de pisos industriais. “Colocado no concreto, o aço minimiza a necessidade de juntas nos pisos industriais, deixa o material mais resistente para aguentar o peso das máquinas e o movimento numa planta industrial”, explicou o gerente de Produção da empresa, Caio Marchi.
O Instituto de Inovação em Materiais Avançados que funciona dentro da Escola Senai “Mario Amato”, em São Bernardo do Campo, será a parceira da CBL no projeto.
Os dois trabalhos de pesquisa terão início em setembro, com duração de 24 meses.