Rua das Flores é palco de iniciativas de inclusão do Senai e do Sesi-SP

30/07/2013 - atualizado às 15:04 em 15/08/2013

Isabela Barros, Agência Indusnet Fiesp

A Rua das Flores, uma travessa da Avenida Paulista, em São Paulo, virou palco de algumas das melhores práticas adotadas no Brasil em nome da inclusão de deficientes físicos nesta terça-feira (30/07).

Em toda a via, estandes apresentaram iniciativas de instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) e o Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP). Uma mostra dos esforços da indústria em nome de todos os perfis de trabalhadores. E com direito a números de música e dança num palco montado no local.

Antes disso, foi realizado um encontro para debater a inclusão de trabalhadores com deficiência na sede na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a presença do presidente da entidade, Paulo Skaf, e do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

‘Cão Guia’

Hadija, fêmea de dois anos da raça labrador, chamou a atenção de quem passou pela local. A cadela faz parte do time de 16 animais do projeto “Cão Guia” do Sesi-SP. Pela iniciativa, todos vão ajudar na locomoção de trabalhadores da indústria com deficiência visual. “Esperamos entregar seis desses cachorros treinados ainda no segundo semestre”, disse sua adestradora, Telma Nely Bezerra.

Foto: Everton Amaro/Fiesp
O evento que destacou diferentes iniciativas de inclusão na Rua das Flores

e acordo com a coordenadora do projeto, Beatriz Canal, já está sendo feita a seleção dos profissionais que serão acompanhados pelos cães. Além disso, a ideia é desenvolver uma metodologia nacional de treinamento na área. “Temos uma parceria com o Instituto Íris nesse sentido”, explicou.

Diretor da escola Ítalo Bologna, do Senai-SP em Itu, no interior paulista, Helvécio Siqueira de Oliveira mostrava, orgulhoso, os serviços e equipamentos usados na unidade para as pessoas com deficiência. A Ítalo Bologna é uma referência na área. “Muito bom ter a oportunidade de mostrar os softwares que fazem leitura de tela para cegos”, disse. “Ou a máquina de costura adaptada para cadeirantes, com acionamento pelo antebraço”.

Usuário do programa, Wesley de Almeida é hoje professor na escola do Senai-SP. “Uso um computador comum. A única diferença é que no meu tem um leitor de tela”, explicou. “Assim posso mandar e-mails e acessar as redes sociais sem problemas”, disse ele, que tem perfil no Facebook e no Twitter.

Minas Gerais e Catanduva

Auditora fiscal do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Patrícia Siqueira é responsável por um projeto de inclusão de trabalhadores em seu estado. E veio para o evento promovido pela Fiesp para conhecer iniciativas novas na área. “O Senai-SP é uma referência, principalmente no que se refere à qualificação profissional”, afirmou.

Com a mesma missão circulava pela Rua das Flores outro profissional da área: Francisco Rodrigues Neto, coordenador de Inclusão Social de Catanduva, cidade do interior paulista. De acordo com Rodrigues Neto, o Senai-SP deu consultoria para o município nessa área. “A equipe da escola Ítalo Bologna nos ajudou com um curso de informática para cegos, entre outras atividades”, disse.