“O Senai-SP nos transmite valores éticos e profissionais”, afirma competidora da Olimpíada do Conhecimento

05/08/2014 - atualizado às 16:50 em 02/10/2014

Talita Camargo, Agência Indusnet Fiesp

Iracema de Arruda Vilalva, de 19 anos, mudou o rumo de sua vida e trancou a faculdade de Tecnologia em Alimentos para se dedicar exclusivamente à Olimpíada do Conhecimento, a maior competição de ensino profissionalizante da América Latina. 

“Eu priorizei o Senai-SP porque, neste momento, é uma oportunidade diferente na minha vida. Com a idade que tenho, eu não poderia participar de uma competição assim em outro lugar”, diz. “A faculdade eu posso continuar depois”.  

A aluna da Escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo ‘José Polizotto’, em Marilia, a 440 quilômetros da capital, é competidora da modalidade Panificação e ingressou no Senai-SP aos 14 anos fazendo curso de Aprendizagem Industrial, que tem duração de dois anos. Ao finalizar, fez um curso técnico por mais dois anos.

“Eu cursava o ensino médio junto com o Senai-SP e também trabalhava. Mas foi um ótimo investimento, porque abriu portas para mim. Tive uma experiência muito grande no mercado de trabalho e muito conhecimento técnico também”, explica. “O Senai-SP é tudo para mim”.

Foto: Everton Amaro/Fiesp
Iracema: dedicação e planos de seguir ligada ao Senai-SP no futuro

Medalha de ouro

O foco de Iracema é ganhar a medalha de ouro no próximo dia 07 de setembro, em Belo Horizonte, Minas gerais, onde a 8ª edição da etapa nacional da competição será realizada.

“É gratificante receber uma medalha. Ainda mais porque minha escola não tem um histórico de vitórias em Panificação. Eu fui a primeira”, conta Iracema, que já participou da última edição da Olimpíada do Conhecimento.

“Em 2011, fui para a competição só para conhecer, porque comecei a treinar um mês antes e, com esse tempo, não dá para treinar nada com relação à grandiosidade do evento”, diz. “Como me apaixonei por Panificação, me dediquei os dois anos seguintes, entre uma Olimpíada e outra, para me aperfeiçoar”, explica a aluna, que ganhou medalha de prata na etapa estadual da competição, o São Paulo Skills, em 2013.

Para Iracema, o maior desafio é ser observada o tempo todo durante a disputa. “Lidar com a avaliação é difícil porque todos os olhos estão virados para você, tanto dos avaliadores quanto dos visitantes. Temos que esquecer tudo em volta e pensar só no treinamento”, diz.

O ritmo de treinamento dos alunos é puxado, especialmente para Iracema, que treina fora da sua cidade. Sendo de Bauru, ela pratica em São Paulo. A dedicação é total: das 08h às 20h, todo dos dias.

“Ficamos em cima dos erros para tentar minimizar as falhas”, explica a aluna. “A gente tem que trabalhar em cima de todas as adversidades que podem ocorrer, para chegar lá e ter todas as alternativas possíveis para passar por cima dos problemas”, afirma, confiante. 

Senai-SP ontem, hoje e sempre

Independentemente do resultado da Olimpíada do Conhecimento, Iracema já tem a cabeça no futuro. “Quero terminar a faculdade, porque estou no terceiro ano. Mas depois, pretendo trabalhar no Senai-SP, para passar minha experiência e tudo o que aprendi, principalmente com a Olimpíada, para outros alunos”, explica ela que já sabe, inclusive, onde os futuros filhos irão estudar: “quando tiver filhos, com certeza vou incentivá-los a estudarem no Senai-SP”, brinca.

Iracema acredita que os ensinamentos da instituição vão além da escola. “O Senai-SP é muito rígido com questões como disciplina, organização e responsabilidade. Mas é uma rigidez necessária, porque a gente aprende a se portar tanto no mercado de trabalho como no dia a dia”, diz a aluna, que vê isso com bons olhos.

“Os estudantes têm uma disciplina diferenciada até em relação ao respeito e à cidadania”, diz Iracema, ressaltando que o Senai-SP não só a tornou uma excelente profissional, mas a transformou em uma pessoa melhor.

“O Senai-SP nos transmite valores éticos e profissionais que a gente aplica diariamente na vida e no mercado de trabalho. E esse é o seu principal diferencial”, afirma.