Meu Novo Mundo forma nova turma de assistentes administrativos

13/08/2018 - atualizado às 16:25 em 06/04/2022

Isabela Barros, Agência Indusnet Fiesp

No último dia 2 de agosto, mais 19 alunos do Programa Meu Novo Mundo se formaram em cerimônia na Escola Senai Mariano Ferraz, na Vila Leopoldina, na capital. Diretor da Fiesp, Sylvio de Barros participou do evento. “Muitas dessas pessoas estavam em situação de alta vulnerabilidade e agora se sentem confiantes, de volta à vida”.

O Meu Novo Mundo foi criado pela Fiesp, pelo Sesi-SP e pelo Senai-SP, tendo como objetivo a inclusão profissional de profissionais com deficiência nas indústrias. Para isso, é feito todo um trabalho de aprendizagem na área administrativa, com inclusão social e no esporte. Desse modo, o curso de formação em Aprendizagem Industrial/Assistente Administrativo dura três anos.

A iniciativa existe há cinco anos e já entregou ao mercado 174 pessoas, com a participação de 30 empresas parceiras.

Orador da turma, Pablo Vaz, de 32 anos, tem uma deficiência mental leve. Animado com o término das aulas, ele destacou o aprendizado adquirido com a experiência. E está cheio de planos. “Agora quero trabalhar”, disse. “Já comecei a mandar currículos”.

Aluno com as melhores notas, Bruno Tedesco, de 40 anos, se disse “muito grato”. Esquizofrênico, ele também começou a mandar currículos. “Já estou em contato com uma empresa interessada em me contratar”, contou.

Ao seu lado, seus pais, Jorgina e Antonio Tedesco, foram às lágrimas. “Ele vivia dentro de casa e agora está assim, desinibido”, disse Jorgina. “Agora ele vai ter a chance de viver outras coisas, somos muito gratos”, afirmou Antonio.

Diretor titular do Depar na Fiesp, Demétrio Zacharias destacou o envolvimento de toda uma equipe na ação, incluindo professores, diretores de escolas, familiares. “Ver a inclusão dessas pessoas no mercado é uma realização para nós”, afirmou.

Ainda sobre realização, Barros explicou aos formandos que a Fiesp, o Sesi-SP e o Senai-SP estão “de portas abertas” para ajuda-los. E que o contato com a indústria para a inclusão profissional do grupo é permanente. “O Meu Novo Mundo prepara as pessoas para a vida”, disse.