Jovens Empreendedores e Afrorregae falam da iniciativa de capacitar egressos do sistema prisional para o mercado de trabalho

30/09/2013 - atualizado às 18:06 em 30/09/2013

Dulce Moraes, Agência Indusnet Fiesp

Uma parceria da Fiesp e do AfroReggae  está dando os primeiro frutos para mudança da vida de muitas pessoas na cidade de São Paulo.

Np último dia 16 de setembro iniciaram as aulas da primeira turma de alunos egressos do sistema prisional no curso de panificação no Senai-SP.

Para Chinaider Pinheiro, coordenador de inclusão no mercado de trabalho da ONG AfroReggae, a iniciativa beneficiará indiretamente toda a sociedade. “Esses alunos representam, cada um deles, uma família. Então, sem dúvida, faremos muita gente feliz. Não só os egressos felizes, mas a família deles. São pessoas que vão ter dignidade para poder viver em paz”.

O projeto é um motivo de orgulho para todos os envolvidos, segundo Ciro Bueno, diretor titular adjunto do Comitê dos Jovens Empreendedores da Fiesp. “Esse projeto Empregabilidade vai atingir e mudar positivamente a vida de muitas pessoas. Essa turma de panificação é um primeiro caso de sucesso. Mas a gente já tem vários casos que a gente já está trabalhando e em breve vamos ter boas notícias nessa área de empregabilidade e nessa área social”, acredita.

Ciro Bueno relembrou que a iniciativa segue o foco de responsabilidade social empresarial defendida pelo presidente da Fiesp e pelo próprio CJE e é uma ação das indústrias. “O Paulo Skaf sempre teve essa visão humanística dentro e fora da Fiesp. E o Senai está vindo para capacitar esses egressos para que eles tenham melhor oportunidades quando, enfim, eles tiverem a liberdade plena”.

Bueno destacou, no entanto, o êxito da iniciativa dependerá se empresários se sensibilizarem com o projeto e que abram para os participantes do projeto. “Com certeza, essas oportunidades transformarão essa sociedade que temos hoje em algo melhor”.

A experiência carioca em São Paulo

Para Chinaider Pinheiro, do Afroreggae, o fato de a Fiesp estar por trás da iniciativa dá a credibilidade necessária ao êxito do projeto. “Em São Paulo o preconceito é bem maior que no estado do Rio de Janeiro. Portanto, se o trabalho fosse só do AfroReggae seria muito difícil”.

A experiência de 20 anos do Afroreggae, junto a população em situação de risco social, será fundamental para sustentação do projeto, acredita Ciro Bueno. “Pude acompanhar o trabalho deles em comunidades cariocas, como Complexo do Alemão, Cantagalo e Parada de Lucas. E foi impressionante ver, dentro de uma comunidade dominada pelo tráfico, uma ilha de prosperidade social e de transformação”, diz.