Ética e Regulação na IA: veja destaques sobre o tema no Fórum Internacional de IA na Educação Profissional

Diretor do Departamento de Segurança da FIESP levanta a discussão: é o momento de regular ou elevar a posição atual do Brasil nos investimentos em Inteligência Artificial? 

Devemos regular a Inteligência Artificial? Esta foi uma das questões levantadas durante o Fórum Internacional de IA na Educação Profissional, realizado em março, na sede da FIESP, pelo Fórum da Educação Profissional do Estado de São Paulo, composto por representantes do Instituto Federal, do Centro Paula Souza, do Senac e do SENAI-SP. 

O evento reuniu especialistas renomados do Brasil e do exterior para discutirem os desafios e as oportunidades da IA para os educadores da América Latina ao longo de três painéis: “Aplicações da IA e o Futuro Profissional: Transformações e Perspectivas no Mercado”, “Inteligência Artificial na Educação Profissional: Gestão e Prática Pedagógica”, e “Ética e Regulação na IA”. 

O último painel teve a participação de Rony Vainzof, Diretor do Departamento de Segurança e Coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança Cibernética da FIESP, e levantou pontos sobre a conscientização no uso da IA generativa e o potencial que a tecnologia tem para elevar a qualidade e produtividade nas empresas. Segundo Rony, o Brasil está na 35ª colocação no Ranking de Investimentos em IA e, mais do que pensar em regulação, o momento agora exige políticas públicas para levar efetividade para essa tecnologia no Brasil, de modo a não impedir a inovação no país. 

“A IA é uma tecnologia e, de acordo com seu uso, já existem legislações aplicáveis. Ao usá-la em uma relação de consumo, como um chatbot em um atendimento, temos o Código de Defesa do Consumidor. Ao utilizar dados pessoais para treinar a IA para fins de marketing, existe a Lei Geral de Proteção de Dados. Quando usada na internet, existe o Marco Civil da Internet no Brasil, além da própria Constituição Federal como macro em relação aos direitos da sociedade”, explica. 

O SENAI-SP oferece gratuitamente cursos livres nessa área, como o "Privacidade e Proteção de Dados (LGPD)", "Por Dentro da Segurança Cibernética" e, como lançamento durante o evento, o curso "Ética na Inteligência Artificial". Identificar gaps em relação à capacitação e qualificação no uso da tecnologia também foi um ponto destacado na palestra, como desafio para elevar a posição do Brasil nos investimentos em IA. 

“A gente sempre tem uma expectativa de criatividade humana e de aprendizado humano na educação. Você tem que usar a tecnologia a seu favor em relação ao aprendizado de forma geral, mas os resultados que saem da IA generativa não são criações humanas. Utilizar a IA para gerar eficiência e para te dar ideias é uma coisa. Usá-la sem revisão humana e sem complemento a um trabalho que envolve toda uma pesquisa e uma conclusão é outra completamente equivocada e esbarra nas questões de ética em IA que estamos trazendo”, conclui Rony. 

Você pode acompanhar este e outros conteúdos transmitidos durante os painéis do evento pelo YouTube do SENAI-SP. Assista: