Escolas do Senai-SP debatem gestão de energia

29/09/2015 - atualizado às 16:25 em 06/04/2022

Rodrigo Piazentino

Representantes de escolas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) da capital se reuniram para debater a eficiência energética e a gestão de energia nas unidades da rede. O objetivo era contribuir não apenas com a redução de custos operacionais, mas também com a sustentabilidade. O encontro aconteceu no dia 23 de setembro, no Centro de Treinamento Senai “Jorge Mahfuz”, em Pirituba.

Na reunião, os participantes levaram contas de energia de cada unidade dos últimos seis meses para analisar o desempenho de cada uma.  

“Falta monitorar as contas de energia. Você vê um adicional na fatura e sequer tenta saber porque houve o aumento”, afirmou Edson Pereira dos Santos, coordenador de atividades técnicas do Centro de Treinamento Senai “Jorge Mahfuz”. “A conscientização tem que ser de cima para baixo. Desde máquinas de operação ligadas sem produzir aos ar-condicionados refrigerando salas vazias”, disse Santos, um dos palestrantes do evento.

Santos destacou ainda a falta de incentivo governamental para a utilização de energia sustentável em casa. “Hoje os preços das placas solares e outros produtos foram barateados, mas, em contrapartida, aumentou o preço da conta”.

Foto: Rodrigo Piazentino/Fiesp
Santos: Falta de incentivo para o uso de energia sustentável em casa. 


Jorge José Nunes, diretor da Escola Senai “A. Jacob Lafer”, em Santo André, falou sobre as ações realizadas em sua unidade. “O maior ganho foi nas oficinas de mecânica e eletro-eletrônica”, disse. “Antes se gastava muito com a manutenção diária das luminárias. Após trocarmos pelas lâmpadas florescentes, essa manutenção se tornou anual”.

E isso não foi tudo. “Implantamos sensores de presença com temporizador para evitar desperdícios de energia”, explicou. “É importante que todos os segmentos da indústria se conscientizem em prol da sustentabilidade.”

Com controle online e gerenciado por um software, a unidade de Pirituba desenvolveu um monitoramento elétrico para reduzir gastos. Isso incluiu o desligamento das luzes e do ar-condicionado das salas de aula durante intervalos, com o desligamento total após o expediente. “Transformar a unidade em um núcleo de capacitação é um objetivo a ser alcançado”, disse o diretor da unidade, Sidnei Roberto Maziero Petrin.

Foto: Rodrigo Piazentino/Fiesp 
Monitor do sistema usado na escola de Pirituba: tudo gerenciado por um software

 

Segundo ele, outra preocupação é inserir os alunos nessas ações, sejam elas na indústria, nas escolas ou em suas casas. “O importante é disseminar essas ideias”.

A escola será a primeira a oferecer um curso de energia solar fotovoltaica, que converte a luz do sol em energia elétrica. Para saber mais sobre essa novidade, clique aqui.