Comitê da Bioindústria da Fiesp e Senai-SP assinam protocolo para construção de centro de biotecnologia

18/07/2013 - atualizado às 19:04 em 22/07/2013

Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp

O Brasil ainda está em tempo de concorrer em condições de igualdade com o resto do mundo no mercado de biotecnologia, afirmou o coordenador do BioBrasil e do Comitê da Cadeia Produtiva da Bioindústria (Combio) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Ruy Baumer.  Com o objetivo de estimular a competitividade do setor, Baumer, o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP), Walter Vicioni, e outros coordenadores da Fiesp assinaram, nesta quarta-feira (17/07), um protocolo de intenções para a construção do Centro Senai-SP de Biotecnologia.

“O foco principal é atender uma demanda pelo desenvolvimento da biotecnologia no Brasil”, disse Baumer. “No caso do Senai-SP, nosso objetivo é capacitar profissionais para isso. Estamos focando os nossos esforços nos biofármacos e em outros materiais”, explicou.

Foto: Júlia Moraes/Fiesp
Reunião do Combio: articulação para o projeto do Centro Senai-SP de Biotecnologia.

Da parte do Senai-SP, Vicioni garantiu que o projeto não vai “ficar no meio do caminho”, uma vez que a escola tem uma tradição em realizações. “A gente pretende unir o meio de produção com o meio de formação profissional e planejar uma escola juntos”, assinalou.

O protocolo foi assinado por Baumer, Vicioni e também por Eduardo Giacomazzi, coordenador adjunto do Combio e por Eduardo Perrilo, membro do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde (Comsaúde) da Fiesp, do qual Baumer também é coordenador.

“Esse é um momento histórico porque essa plataforma de educação a partir de hoje é uma realidade”, afirmou Giacomazzi.

Próximo passo

Foto: Foto: Júlia Moraes/Fiesp
Walter Vicioni, diretor regional do Senai-SP.

Segundo o gerente de Inovação e Tecnologia do Senai-SP, professor Osvaldo Maia, os próximos passos para viabilizar a construção do centro de biotecnologia serão construir corpos técnicos sob a coordenação do Senai-SP e orientar os comitês da Fiesp relacionados ao assunto.

Os convites para a formação dos corpos técnicos devem ser feitos a partir da próxima semana.

Em uma apresentação para os membros do Comsaúde e do Combio sobre as próximas ações do Senai-SP para atender ao protocolo, Maia acrescentou que será feito também um levantamento da demanda profissional para o setor de biotecnologia, além da elaboração conjunta de um projeto de construção do centro.

“Estamos muitos felizes de nesse momento poder dar essa resposta à bioindústria brasileira. Pretendemos trabalhar na área da saúde, dos fármacos, das biossínteses e dos biopolímeros”, disse Maia.

Na prática, o Senai-SP vai desenvolver projetos  em engenharia de processo, química analítica e automação, desenvolvimento de bioativos e formação de bancos de células, bactérias e enzimas. “Temos hoje algumas escolas com capacidade instalada e existem outras  unidades muito bem equipadas para darem início ao atendimento. O que falta é uma articulação com vocês”, disse Maia aos membros do Comsaúde e do Combio.