Alunos do UniSENAI SP conquistam 1º lugar em desafio internacional de inovação
23/04/2025 - atualizado às 16:26 em 23/04/2025
Equipe desenvolveu projeto de drone para agricultura de precisão e foi campeã entre sete equipes competidoras da América Latina
Os alunos do SENAI-SP conquistaram o primeiro lugar no desafio internacional promovido pela Dassault Systèmes, empresa francesa de software de projetos e a EDC, representante Dassault no Brasil e América do Sul. A experiência dos docentes e dos alunos foi coroada com uma cerimônia na sede da Dassault Systèmes no Brasil, na capital paulista, em 25 de março de 2025. O momento marcou uma oportunidade de aprendizado e de troca de experiências sobre tecnologia e inovação.
Essa ação envolveu instituições educacionais de diversos países da América do Sul e desafiou os participantes a desenvolverem uma solução inovadora. O projeto vencedor foi o drone com uma câmera fotográfica acoplada capaz de mapear grandes áreas voltadas à agricultura de precisão, um dos setores mais promissores e tecnológicos do setor agrícola. A equipe era composta pelos estudantes Thiago Felix de Freitas (Centro Universitário UniSENAI SP - Campus Suíço-Brasileira), Sophia Seles de Souza (Instituto Mauá) e Guilherme Freitas Francisco (Faculdade SENAI de Tecnologia Mecatrônica).
“Os alunos aprenderam a ter domínio de uma nova ferramenta, entender os critérios de avaliação do projeto e desenvolver senso crítico nas entregas. Certamente, essa atitude gera um crescimento para formação dos participantes e reflete a realidade do mercado de trabalho, que envolve autonomia no trabalho, gestão de tempo e administração de conflitos. Durante o processo, eles também tiveram que ter resiliência e paciência ao se trabalhar em equipe, por causa das barreiras culturais e linguísticas”, destaca Josué Farah, professor de Ensino Superior do SENAI-SP.
“Foi uma honra participar e conquistar o primeiro lugar. Esse reconhecimento é muito importante para toda equipe; com certeza é um grande diferencial em nossa jornada profissional. Acreditamos que desenvolvemos um projeto com grande potencial, por isso, a expectativa é continuar desenvolvendo o drone e, quem sabe, no futuro, a gente consiga patentear a ideia e levar para o mercado”, projeta Guilherme, um dos integrantes da equipe.
Requisitos
Depois da fase de inscrição, são formadas equipes compostas por integrantes de instituições e países diferentes. A proposta do projeto foi a construção da estrutura de um drone, que atendesse a uma série de requisitos, entre eles, a inclusão de uma das 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU. A construção e o gerenciamento do projeto deveriam ser realizados por meio da plataforma 3DExperience, da Dassault Systèmes.
“Desenvolvemos um modelo de drone de baixo custo, utilizando um método de fabricação acessível: a impressão 3D. Em seguida, definimos a área de atuação do drone, optando pela fotografia, com foco em atender pessoas interessadas em realizar filmagens e capturar imagens do meio ambiente. Por fim, identificamos um potencial de aplicação na área agrícola, que passou a ser considerada como uma possível expansão futura do projeto”, explica Thiago Felix, um dos integrantes do grupo.
Desafios
Além da complexidade técnica, os estudantes enfrentaram um cenário de colaboração internacional, superando barreiras linguísticas (português e espanhol). “Um dos maiores desafios foi a comunicação e a disponibilidade de tempo de cada integrante da equipe. No começo, o grupo era formado por brasileiros e peruanos, então conversávamos em português e espanhol, o que dava um pouco mais de trabalho. Depois de uma reformulação, ficamos apenas com membros brasileiros, o que facilitou bastante. Mesmo assim, por causa dos compromissos, só conseguíamos nos reunir nos finais de semana para desenvolvimento e planejamento do projeto que tinha cronograma de prazos de entrega definidos”, explica o aluno Guilherme Freitas Francisco.
Ao longo da jornada, os competidores demonstraram domínio em áreas como prototipagem, design 3D, integração de sistemas e programação, além de habilidades fundamentais para o mercado de trabalho, como comunicação, liderança, cooperação e gestão de projetos.
Mentoria
A participação ativa dos professores mentores do SENAI-SP também foi fundamental para a conquista, responsáveis pela orientação, apoio técnico, estímulo à autonomia e ao protagonismo dos estudantes, que são pilares essenciais da Metodologia SENAI de Educação Profissional.
“No mundo corporativo e acadêmico, é necessário trabalhar seriedade com foco em resultados para se atingir os objetivos traçados pelo projeto. Esse modelo se aproxima à metodologia Project Based Learning (PBL), aplicada pelos projetos integradores nos cursos de graduação. Trabalhar esse viés demonstra uma maior maturidade da implantação da metodologia, que se reflete em ganhos para o aprendizado dos alunos e motivação para o processo de ensino-aprendizagem”, explica Alexandre Vieira, coordenador de Atividades Técnicas do SENAI-SP.
Mais do que vencer, os alunos aprenderam a trabalhar em um ambiente real de inovação. Eles entenderam na prática o valor da colaboração, da resiliência e da busca constante por soluções que gerem impacto positivo na sociedade.
Essa iniciativa reforça o compromisso do SENAI-SP com uma formação profissional conectada às tendências globais, que prepara os alunos para atuar em cenários desafiadores, colaborativos e cada vez mais tecnológicos.
“Cada vez mais, buscamos parcerias com empresas como a EDC e a Dassault Systèmes, em que o aluno tem mais oportunidades de aprendizado integrado entre a prática e teoria. Nesse ano, seguiremos essa iniciativa com um novo player do time de inovação da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD)”, declara Alexandre Vieira.