Aberto ao mundo, Senai-SP investe em parcerias com instituições estrangeiras
02/04/2015 - atualizado às 16:25 em 06/04/2022
Isabela Barros
O mundo é o limite na hora de oferecer o melhor. E de trabalhar em sintonia com as tecnologias oferecidas lá fora. Nas salas de aula e laboratórios do Serviço Nacional de Aprendizagem de São Paulo (Senai-SP), a internacionalização do ensino superior é uma prática que se refere, entre outros pontos, a programas de cooperação com universidades no exterior.
“Buscamos internacionalizar os nossos cursos superiores, fechando parcerias com instituições na Europa e na América”, afirma o diretor técnico do Senai-SP, Ricardo Terra.
Segundo ele, o objetivo é promover o intercâmbio de alunos e professores, além de receber visitantes de fora e desenvolver, de forma conjunta, projetos de pesquisa. “E isso sempre com o envolvimento das empresas, do setor produtivo”.
Foto: Everton Amaro/Fiesp |
Terra: envolvimento das empresas no fechamento de parcerias com universidades estrangeiras |
Para tanto, profissionais da instituição trabalham com a missão de buscar centros de referência estrangeiros. “Os nossos cursos superiores estão num patamar equivalente aos dos melhores do mundo”, diz o gerente de inovação e tecnologia do Senai-SP, Osvaldo Maia.
Nesse sentido, teve início, em 2014, uma série de visitas a universidades fora do Brasil. “São contatos com o objetivo de entender como funcionam esses centros acadêmicos, e, possivelmente, fechar parcerias”, explica.
Entre as instituições pesquisadas estão a Universidade Fontys, na Holanda, Universidade Ryerson e Federação das Cégeps (escolas técnicas), no Canadá, Universidade do Texas em Austin, Instituto Rochester de Tecnologia e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. “No MIT, por exemplo, temos interesse em projetos para a definição de ecossistemas de inovação”, diz Maia.
Além desse trabalho de prospecção, o Senai-SP é sondado pelos estrangeiros o tempo todo. “Toda semana chega gente aqui para tentar fechar parcerias conosco”, conta.
Passaporte para conferir as novidades
Outra iniciativa internacional importante é o “Programa de Prospecção e Vigilância Tecnológica Internacional”, promovido pela diretoria técnica da instituição para identificar tecnologias emergentes que possivelmente chegarão às indústrias brasileiras nos próximos anos, com reflexos na educação profissional e nos serviços tecnológicos oferecidos.
De acordo com o especialista em educação profissional do Senai-SP, Marco Antonio Chagas, o programa iniciado em 2011 chegará ao final de 2015 com a participação de 254 colaboradores de 32 diferentes áreas, distribuídos em 104 missões pelo mundo.
Os países mais visitados são: Alemanha, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Suíça. Com destaque para a Alemanha, sede, entre outras feiras, da Hannover Messe, que ocorrerá no período de 13 a 17 de abril, na cidade de mesmo nome, reunindo novidades em mais de dez setores tecnológicos, como automação industrial, eletroeletrônica e energia, entre outros. Serão encaminhados 3 colaboradores para o evento.
“As feiras internacionais funcionam como uma espécie de radar tecnológico, onde podemos obter informações relevantes para a instituição”, explica Chagas. “É nelas que as empresas fazem os lançamentos dos seus produtos, soluções e tecnologias, tudo devidamente testado, validado e pronto para ser comercializado”.
Ao final de cada viagem são produzidos boletins de difusão tecnológica com os detalhes de tudo o que foi visto. Esses conteúdos são apresentados em workshops para o público interno e para empresários. “Os objetivos do programa compreendem também o fortalecimento das relações do Senai-SP com a indústria, a troca de experiências com instituições de ensino internacionais e a atualização dos colaboradores da rede com o que há de mais atual no exterior”, diz Chagas, orgulhoso por acompanhar de perto os passos de uma instituição cada vez mais atenta ao que acontece no mundo.